Foram estudados 62 pacientes epilépticos adolescentes, normais do ponto de vista neurológico. Foi feita investigação psicológica dos casos, tendo sido valorizados os dados relacionados ao aproveitamento escolar. Foram considerados os casos com rendimento escolar baixo e elevado, tendo o estudo sido feito em relação ao tipo de crise (presença ou não de convulsões), ao tempo de doença, à freqüência das crises e ao padrão eletrencefalográfico. Num segundo tempo, foram estudados também, em relação a essas mesmas variáveis, os casos com rendimento escolar baixo. Os resultados, submetidos a análise estatística, permitiram aos autores chegarem às seguintes conclusões: 1) em 31 casos (50%) o rendimento escolar foi baixo; 2) o tipo de crise, o tempo de doença é a freqüência dos ataques não interferiram significativamente no rendimento escolar; 3) melhor aproveitamento foi alcançado pelos pacientes com EEG normal; dentre os casos com rendimento mais baixo, predominaram aqueles com anormalidades eletrencefalográficas difusas; 4) considerados apenas os casos com baixo rendimento escolar, predominaram os pacientes com manifestações convulsivas, com menor tempo de doença e com crises mais freqüentes.
Sixty two neurologically normal epileptic adolescents were studied. Psychological research emphasized data relating to school achievement. Cases of high school achievement were considered as related to type of seizures (presence or absence of convulsions), duration of illness, frequency of crises and electroencephalographic pattern. In a second part, cases of low school achievement were also studied in relation to the same variables. The results, according to statistical analysis, allow the authors to draw the following conclusions: 1) in 31 cases (50%) school achievement was low; 2) type of crises, duration of illness and frequency of fits have not interfered significantly with school achievement; 3) higher achievement was obtained by patients presenting normal EEG; patients with diffuse electroencephalographic anomalies were among those with lowest achievement; 4) when cases of lowest school achievement were considered alone, patients with convulsive symptoms, lesser duration of illness and more frequent crises were found to be predominant.